Conheça os tipos de chassi de motocicletas

Das customs às esportivas, as motos têm características bem peculiares conforme o segmento. E, para formar essas categorias bem distintas, as fabricantes usam quadros de diferentes tipos, ora buscando resistência, ora leveza. Um dos mais simples é o backbone, que faz parte da Honda Pop. Ele tem uma base em “V” que se liga direto à mesa, com o motor aparafusado.

O mais popular é o diamond, da Honda CG, moto mais vendida do Brasil. Ele lembra os quadros de bicicleta e é bem mais resistente que o backbone. Isso porque têm um tubo ligado à direção em uma das extremidades e ao motor na outra.

Aliás, o propulsor faz parte do conjunto de rigidez da peça sem que haja aumento do peso. Existe um tipo de quadro diamond treliçado, mas que é pouco usado por causa do custo mais elevado.

Já o chassi do tipo berço tem praticamente a mesma função do diamond. A diferença é que há um ou dois tubos que envolvem o motor por baixo.

O nome berço é porque o motor fica no meio do quadro, como se fosse uma criança acalentada. <IP8,0,0>Uma das motos mais famosas com esse chassi é a Yamaha RD 350.

Porém, o berço já não é tão usado por interferir muito no design. A exceção é a Harley-Davidson, uma das poucas marcas que utilizam esse quadro em grande parte de seus modelos. Isso porque o desenho original não muda muito na renovação de suas motocicletas.

No quadro de treliça, muito usado pelas fabricantes Ducati e KTM, tubos são soldados como se fossem uma gaiola. Eles se unem à direção e ao motor, podendo ser oscilantes.

Além de serem leves, já que costumam ter tubos de alumínio, eles dão ótima rigidez. Mas só são usados em motocicletas mais caras por causa do alto custo de produção.

Uma outra vantagem do quadro de treliça é que ele pode ser moldado de acordo com o estilo da moto e funcionar como um elemento de design.

Para os modelos superesportivos, o quadro mais usual é o de dupla trave. Por gerar um nível de torção quase nulo, ele está em motocicletas como Kawasaki Ninja ZX-10 e a Yamaha R1, por exemplo.

Esse chassi é similar em funcionamento ao de treliça, mas sem tubos, e sim com uma estrutura sólida única. O motor fica suspenso, por dentro, quase escondido.

Raro entre as motos, o quadro monobloco tem a vantagem de reduzir o peso, dar muita rigidez e melhorar a precisão de ataque em curvas. Sua utilização ainda é embrionária e os modelos mais conhecidos com essa estrutura são as superesportivas Kawazaki ZX-14 e Ducati 1299 Panigale. Toda a parte estrutural forma a moto, da direção à rabeta, criando um conjunto único.