Honda vai de consórcio para enfrentar 2016
Alexandre Cury recorda que a Honda tem no consórcio uma grande ferramenta neste momento por não haver a transferência dos juros como no Crédito Direto ao Consumidor (CDC). “É claro que também há um limite para a manutenção dos preços no consórcio e as parcelas têm de ser muito bem calibradas, mas em curto prazo não devem subir. Segundo o diretor comercial, a participação da modalidade nas vendas da Honda passou em anos recentes de 30% a 37%.
As dificuldades de Cury e da Honda vão além dos reajustes. Também é preciso adequar todas as motos à fase 2 do Promot 4, programa de controle de emissões que passa a valer em 1º de janeiro nas linhas de montagem. Em seu estande a Honda ficou devendo a Biz 100 e a CG 125 com mudanças técnicas, como injeção eletrônica em vez de carburador, que devem ser mostradas só no fim do ano: “A Honda tem uma linha de motos muito grande, por isso houve necessidade de fazer as mudanças de forma escalonada”, diz Cury. Também é uma forma de os concessionários lidarem com seus estoques.
A perspectiva para exportações é de ligeiro crescimento. De acordo com Takeuchi, os embarques para a Argentina ainda têm peso importante por causa do envio de kits CKD. “Também exportamos motos para Estados Unidos, Austrália, Peru, Chile e pretendemos ampliar os envio para a Colômbia. Há outros mercados menores como Uruguai, Paraguai e Equador. Só não conseguimos exportar mais por causa da tecnologia mais avançada em relação a esses mercados. Estamos entrando na segunda fase do Promot 4 e alguns mercados não têm nem mesmo o Promot 1”, conclui Takeuchi.