¨Docas de Estacionamento¨ estimulam o uso da moto nas cidades europeias

By Equipe Sobremotos, Clique no nome do autor ao lado para comentar.

Sexta, 13 Junho 2014

Enquanto aqui no Brasil há uma hostilização geral sobre a circulação de motos pelas nossas grandes cidades, em várias cidades europeias um sistema de docas de estacionamento visa estimular mais o uso deste veículo de duas rodas a fim de diminuir o impacto no tráfego.

O sistema é composto de uma espécie de pequeno container de armazenamento para capacetes e outros objetos pessoais associado a uma corrente para prender a moto. O estacionamento é liberado mediante pagamento de uma taxa por meio de um cartão magnético.

Quem anda de moto sabe que é realmente incomodo primeiro tentar uma vaga de estacionamento em áreas centrais da cidade, depois ter de levar consigo capacete, luvas e jaqueta. Com esse sistema, tanto a moto quanto os pertences ficam protegidos.

O princípio imaginado pelos europeus é muito simples: motos ocupam, pelo menos, um quarto da área necessário para um carro se deslocar ou estacionar, então é muito melhor ter mais motos do que carros utilizados como meio de transporte particular.

Aqui no Brasil, infelizmente, a linha de raciocínio é exatamente oposto. Há grandes discussões acerca de como o administrador público deve fazer para liberar mais espaço nas vias para os carros, muitas vezes sendo considerada a opção estapafúrdia de se criarem restrições à circulação das motos. Os motoristas reclamam de não haver mais vagas gratuitas em zonas centrar e que os valores pagos em estacionamentos particulares são muito caros.

A realidade é amarga, mas terá de ser aceita. O uso de carros como veículos de transporte particular é inviável! Temos, como pais em busca de desenvolvimento e como sociedade organizada, voltar nosso pensamento, nossos esforços e nossos recursos para a estruturação de meios de transporte coletivo eficientes, acessíveis e baratos. Num segundo plano, o transporte particular deverá ser estimulado tendo em vista os veículos de duas rodas, motos e bicicletas. Apenas como última alternativa, uma política pública de mobilidade deve considerar o transporte empregando carros e, portanto, os custos para quem quiser insistir nessa modalidade devem mesmo ser bem altos.