Moto Honda da Amazônia inaugura nova linha de produção em seu complexo industrial de Manaus
Com investimentos da ordem de R$ 90 milhões, linha de produção exclusiva para motonetas tem capacidade produtiva anual de 500 mil unidades
A Moto Honda da Amazônia é líder absoluta em vendas no mercado brasileiro de motocicletas. Desde o início de suas atividades no País, em 1976, já produziu mais de 14 milhões de unidades e, atualmente, detém 77% de participação nas vendas. Em 2009, foram produzidas 1.241.543 unidades (mercado interno e exportação) e a previsão para 2010 é que este número salte para 1.430.000.
Reafirmando sua crença no potencial do mercado brasileiro e com o objetivo de se preparar para demandas futuras, a Moto Honda ampliou sua fábrica. As instalações da nova linha integram o complexo industrial da empresa em Manaus (AM), que ocupa um terreno de 661 mil m². Com 21.750 m² de área construída, a unidade recebeu investimento de R$ 90 milhões e tem capacidade produtiva de 500 mil motocicletas por ano. Em 2011, a expectativa de produção é de 300 mil unidades, número deverá ser elevado para 415 mil até 2013.
A nova linha foi criada com o conceito de fluxo contínuo de produção e otimização da eficiência produtiva. Sua construção levou aproximadamente dois anos e contou com o envolvimento direto de cerca de 40 pessoas, desde a concepção do projeto até a finalização das obras e a instalação dos equipamentos.
Tecnologia aplicada aos processos produtivos
Responsável pela produção dos modelos Biz 125, Pop 100 e Lead 110, na nova linha o tempo para a fabricação de cada unidade é de 39 segundos para a Biz 125 e a Pop 100 e de 49 segundos para o Lead 110.
Este novo empreendimento conta com 760 colaboradores e opera em dois turnos, com oito setores produtivos interligados por meio de transportadores aéreos. São eles: solda do tanque de combustível, solda do chassi, pintura a pó do chassi e do tanque de combustível, pintura de peças plásticas, fabricação do assento, montagem de componentes, montagem de motores e linha de montagem de motocicletas acabadas. Há ainda a inspeção final, embalagem e expedição das motocicletas, todas trabalhando com a mesma velocidade e de maneira sincronizada.
Dentre as inovações tecnológicas aplicadas aos processos produtivos, vale ressaltar o pré-tratamento sem contato com o ambiente nas cabines de pintura; o enclausuramento total contra sujidades nas pinturas; a esteira automática para inspeção final; a esteira única na linha de montagem de motores; o sistema de ar comprimido com tecnologia de secagem por adsorção; a utilização de chiller centrífugo com alto rendimento e eficiência energética; o uso de caldeiras com reaproveitamento do calor das chaminés; o trabalho sincronizado entre os setores de embalagem e expedição; e a movimentação dos conjuntos realizada totalmente por transportadores aéreos.
Respeito à natureza
A preservação do meio ambiente e o respeito ao ser humano são prioridades da Honda desde o início de suas atividades no Japão, em 1948. No Brasil, este compromisso também permeia todas as etapas de produção da Moto Honda da Amazônia. A empresa realiza ações que contribuem com a conscientização da sociedade e implanta políticas de gestão e de proteção ambiental, com metas voltadas ao uso racional dos recursos naturais.
Acompanhando esta filosofia, a nova unidade fabril conta com sistema de tratamento de água por osmose reversa nas cabines de pintura e sistema de coleta de água centralizado na cisterna de captação, sem contato com águas pluviais. Além disso, o descarte de efluentes é feito na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da própria fábrica.
Considerada a mais moderna da América do Sul, a ETE possui área de 500 m2 e capacidade para tratar 2.200 m3 de efluentes industriais e biológicos por dia, com o objetivo de reaproveitar a água utilizada pela empresa durante o processo produtivo. Depois de submetida a várias etapas de tratamento, filtração e esterilização, a água - já totalmente despoluída - é destinada à irrigação da área verde da indústria e, em breve, será utilizada em torres de refrigeração, reservas para hidrantes e cortinas de água em cabines de pintura. A estação também aproveita outros materiais, como o lodo industrial e biológico gerado após o processo de tratamento, que são utilizados em co-processamentos para fabricação de argamassas, cimento e asfalto.
Na nova linha de produção, os recursos energéticos são utilizados de forma racional. Para economizar energia elétrica, equipamentos são frequentemente inspecionados, lâmpadas e reatores são escolhidos pela eficiência e a energia solar é aproveitada. O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), menos poluente, tem sido cada vez mais utilizado em substituição ao querosene nas caldeiras. Nestas, todo o vapor é reaproveitado após sua condensação, reduzindo a necessidade de energia elétrica para aquecimento de água fria e minimizando, assim, o consumo de água.
A pintura a pó do chassi e tanque de combustível, por sua vez, não gera resíduos de borra de tinta nem emissões de organos voláteis, de forma a não gerar impacto na camada de ozônio ou contribuir com o aquecimento global.
A busca por soluções inovadoras para evitar a geração de resíduos está presente também nas embalagens e na expedição. Por isso, a Moto Honda utiliza o No Packing Delivery (NPD) - sistema vai-e-vem de expedição em racks, aliado ao uso de caixas plásticas retornáveis, para embalar peças e componentes. Quando chega ao seu destino, a motocicleta é retirada do rack, que é dobrado e devolvido à Moto Honda por meio de caminhões e balsas. Em seu caminho de volta, os caminhões transportam componentes para a produção de novas motocicletas.
Produtos amigáveis ao meio ambiente
Desde 1º de janeiro de 2009, todas as motocicletas produzidas pela Moto Honda da Amazônia em suas duas unidades fabris atendem ao Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), em níveis de emissões expressivamente menores que os estabelecidos pela legislação. Para adequação à nova norma, todos os modelos Honda foram submetidos a um redimensionamento do sistema de combustão, desde a alimentação até o sistema de escape, para chegar a níveis ótimos de desempenho e de emissões, conforme cada projeto. As mudanças envolveram equipes especializadas de engenharia do Brasil e do Japão, emprego de laboratórios, campos de provas e equipes de fornecedores para desenvolvimento dos componentes.
Além de produzir motocicletas menos poluentes, desde 2003 a Moto Honda da Amazônia aplica uma política mundial de controle do uso de substâncias químicas – que apresentam alto poder de contaminação ambiental e risco para a saúde humana. A iniciativa está presente, por exemplo, na adoção da tinta ecológica, totalmente isenta de metais pesados. Chamada de Programa de Redução e Eliminação de Substâncias Químicas, a ação conta com o envolvimento da fábrica de Manaus e de todos os fornecedores – uma vez que o requisito de isenção dessas substâncias é um dos presentes no contrato dos fornecedores da empresa.
Moto Honda da Amazônia
A fábrica da Moto Honda da Amazônia pode ser identificada como uma das empresas mais verticalizadas do Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus: em conjunto com a Honda Componentes da Amazônia (HCA) e com a Honda Tecnologia da Amazônia (HTA), produz vários componentes aplicados no produto final, como escapamentos, rodas, chassi, guidão e outros. Com a inauguração desta nova linha, a capacidade produtiva eleva-se para um total de até dois milhões de unidades por ano.
Jornalista Responsável: Ricardo Ghigonetto (Mtb. 14.150)